O ITS Rio tem criado e promovido uma rede global para desafiar a narrativa global predominante que enxerga a tecnologia como uma força universalmente aplicável. Adotando a tecnodiversidade como um catalisador filosófico, nosso objetivo é explorar formas multifacetadas de refletir sobre diferentes tecnologias a partir dos diversos contextos socioculturais dos quais elas emergem, em vez de aderir a uma única “história universal” que dê conta de todas as possibilidades. Junte-se a nós para imaginar outras formas de pensamento e desenvolvimento tecnológico!
O Conceito de Tecnodiversidade
O conceito de tecnodiversidade nos oferece uma lente crítica pela qual podemos examinar o discurso predominante sobre as tecnologias digitais e seu impacto global. Ele desafia a noção dominante de uma “história universal” que frequentemente retrata a tecnologia como uma força monolítica e universalmente aplicável, divorciada de contextos culturais ou históricos significativos.
Podemos pensar nisso como uma forma de biodiversidade, mas aplicada à tecnologia: assim como as discussões em torno da biodiversidade enfatizam a variedade de formas de vida, a tecnodiversidade nos faz lembrar dos desafios tecnológicos a partir do ponto de vista das localidades e dos recursos culturais. Essa perspectiva pode oferecer soluções inovadoras para aquilo que, de outra forma, poderia ser percebido como obstáculos intransponíveis. Ela nos encoraja a ir além de soluções gerais e universais e abraçar uma compreensão mais rica e inclusiva da tecnologia, vinculada às tradições e ao conhecimento locais.
Tecnodiversidade e Inteligência Artificial
Vamos considerar o exemplo da inteligência artificial (IA). Quando se trata dessa tecnologia emergente, a tecnodiversidade oferece um contraponto bastante necessário à narrativa predominante. Em vez de avançar na direção de uma IA única, todo-poderosa e universal, a tecnodiversidade nos encoraja a reconhecer e celebrar diferentes tipos de inteligência e formas de pensar. Isso significa que o desenvolvimento da IA não deve se concentrar em atingir a “singularidade da IA”, mas em manter-se atento aos contextos culturais e sociais nos quais essa tecnologia opera. Ao fazer isso, nos tornamos capazes de criar sistemas de IA que realmente atendam às necessidades de comunidades diversas e respeitem suas perspectivas e valores únicos.